terça-feira

um dos melhores

a uns posts atras eu falei do tribe called quest, de sendo talvez o melhor grupo de rap de todos os tempos, pois é, nessa navegadas pelos blogs da vida eu acheio disco midnight marauders, que por alguns é considerado o melhor disco de rap de todos os tempos.
então, como nós vivemos em uma democracia, meio que a favor da pirataria, o preço muito caro dos discos, e como midnight marauders não está disponível em nenhum catálogo de qualquer distribuidora brasileira tem que mais é espalhar esse tipo de coisa, que faz um monte gente absorver essa informção que tá de graça aí no mundo virtual.
isso é um jeito de pisar no capitalismo. tá certo que não ajuda o artista, que nesse caso se expressou muito bem na obra, mas fazê o que o q tip nunca veio pro brasil, e eu nunca ouvi nenhuma pronunciação deles sobre o download gratis.
chega de falação...

a tribe called quest - midnight marauders

valeu

domingo

sobre o papa

esse papa falou que só esiste uma igreja, a católica.
isso me deixou sem religião. isso que ele é alemão, do lugar onde começou a reforma e onde nasceu a religião protestante.
pra mim o que ele falou não significa nada, mas tem muita gente que acredita no que ele fala, e isso pode ser um pouco perigoso e criar uma revolta cabrera contra ele e a igreja católica. ela pode cair no conceito com as outra igrejas, e acabar com um respeito que existia algum tempo, e acabar com o ecumenismo.
é bom ele cuidar com o que ele fala que tem muita gente que acha ele mais importante que a biblia.
não tô querendo atacar os católicos, só um comentário sobre o seu líder.

valeu

sábado

the b and the g

tem um cara chamado beanie sigel, que é bem conhecido no rap, e que tá preso, e que lançou um disco chamado the b comming. e é desse disco que eu gostaria de comentar.
loco pacas. uma produção de primeira, rimas bem locas, e uma vibe que só um disco bom consegue ter. não tem produção de nenhum cara da roc a fella, que tão e alta lá na gringa, mas tem altos loco de primeira.
no fim do post eu disponibilizo o disco.

tem otro cara chamado the game, protegido do dr dre, da mesma area que o dr dre e com a produção executiva do dr dre no seu disco, the documentary. aqui só tem produtor classe e é recheado de participação, como o do beanie sigel.

um comentário sobre os dois é que nenhum deles passou pelo underground, foram direto pro mainstream, o the game mesmo, rima só a um ano e meio. o beanie sigel tem dois discos na praça e o the game tem uma pancada de mixtape.

beanie sigel - the b coming
the game - the documentary
hoje ainda é dia do choro, salve o pai do samba

valeu

minha amazonia

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do DF, ex-ministro da Educação e atual senador CRISTOVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.
O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro.
Esta foi a resposta do Sr Cristóvão Buarque: "De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.
Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, nternacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro...
O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.
Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.


Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada.
Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia
seja nossa. Só nossa!".

não sei quem é o autor, mas merece os parabéns.
texto foi retirado do ponto de vista do site bocada forte.

terça-feira

salvem a...argentina?!

leiam e me apedregem

Brasil 0 x 1 Argentina

É difícil de acreditar, mas enquanto esculhambamos os argentinos, eles têm enorme carinho por nós


Por Eduardo Szklarz*

É a cena brasileira por excelência. No bar, na casa de amigos, tanto faz. Basta eu dizer que estou morando na Argentina para que todos lancem um olhar surpreso, misto de escárnio e piedade. "Argentina? Mas que diabos você está fazendo lá com aqueles insuportáveis?" Já escutei de tudo. Que os argentinos são os europeus que não deram certo, que são um bando de arrogantes, que nos chamam de "macaquitos" e por aí vai. A maioria diz isso sem nunca ter conhecido um legítimo exemplar dessa espécie controvertida. Não importa. Ser brasileiro requer o cumprimento de apenas três dogmas: gostar de feijão, acreditar piamente que Pelé é melhor do que Maradona e ter birra de argentino.

Intrigado com a polêmica, parti para uma pesquisa de campo. Queria investigar o que existe debaixo daqueles (montes de) cabelos. Nesses dois anos em solo inimigo falei com gente de todo tipo: taxistas, médicos, padeiros, artistas, estudantes, garçons... e confirmei minha hipótese. Parece difícil de acreditar, mas enquanto esculhambamos os argentinos, eles têm enorme carinho por nós. Não é mera impressão minha. A simpatia pelo Brasil está nas televisões, escolas, centros culturais. Quando sai comigo à noite, um amigo que morou no Brasil só fala em português e se finge de brasileiro para ser bem tratado - inclusive pelas mulheres. As ruas estão cheias de bandeiras brasileiras e a moda aqui é usar sandália havaiana. Seja sincero: você sairia por aí usando chinelo com bandeira da Argentina?

Seria cômodo dizer que essas diferenças refletem as contradições entre o tropicalismo e o europeísmo. Ou que é tudo fruto de nossos desencontros lingüísticos e históricos. Mas me permitam ir direto ao ponto: os brasileiros pararam no tempo. Insuflado por locutores e comentaristas esportivos, o antiargentinismo extrapolou o mundo do futebol e talvez seja hoje o único caso de unilateralismo brasileiro. É produto de um Brasil tacanho, preconceituoso. No fundo, dizer "odeio argentinos" não é menos discriminatório que dizer "odeio negros" ou "odeio homossexuais". Quem persegue boleiros argentinos simplesmente por serem argentinos não pode reclamar quando espanhóis xingam Roberto Carlos não por suas qualidades como jogador, mas pela origem mulata.

Sempre seremos rivais no futebol, mas não precisamos limitar nossa relação à velha briga boleira. Os argentinos, mais inteligentes, já se deram conta disso. Eles cantam as músicas dos Paralamas do Sucesso, jogam capoeira, viajam pelo Brasil e estão aprendendo português. As rádios dedicam programas à nossa música. Charly García, o cantor mais popular do país, conclama os argentinos a levantar o astral e se espelhar em nós, lembrando que la alegría no es sólo brasilera na música "Yo no quiero volverme tan loco". Os brasileiros mal sabem citar uma banda argentina. Mas adoram ficar exaltando a esperteza do samba ante a melancolia do tango - mesmo sem nunca ter ouvido falar nas chatinhas, mas festeiras, cumbia e chacarera. Como todo país de dimensões continentais, é natural que o Brasil seja autocentrado. Mas mesmo os Estados Unidos são mais permeáveis à cultura mexicana do que nós em relação à dos nossos vizinhos. O brasileiro comporta-se igual a um caipira americano, daqueles que acham que a capital do Brasil é, ironicamente, Buenos Aires.

O erro está em concebermos sociedades estáticas. Durante um tempo, a Argentina parecia de fato um pedaço da Europa por estas bandas pobres. No início do século 20, entraram quase 300 imigrantes europeus para cada mil habitantes, o triplo da média americana. Os salários no país superavam os da Inglaterra. Talvez venha daí a arrogância que gerou antipatia no resto do continente. Mas se existe algo positivo nas crises econômicas que os argentinos têm vivido é a maior consciência de serem latino-americanos - até porque os imigrantes de hoje vêm da Bolívia, Peru e Paraguai.

A rivalidade Brasil x Argentina pode até existir entre alguns líderes políticos e militares, mas não entre os povos. Porque rivalidade, segundo o dicionário, significa competição, oposição, luta. E não há nada disso do outro lado da fronteira. Somos nós que estamos tentando provar que o ditado "se um não quer, dois não brigam" está errado. Estamos empenhados em arranjar confusão com um povo que só quer se divertir conosco.

*É jornalista, tem 31 anos e cursa mestrado em relações internacionais na Universidade Torcuato Di Tella, em Buenos Aires 



Os artigos publicados nesta seção não traduzem a opinião da Super

Publicado na Edição 212 - 04/2005

retirado do blog do marcelo tas

sexta-feira

se for verdade

eu acho que tem muito rebelde sem causa por aí, que vê diabo em tudo, mas tem uns que consegue até me convencer. recebi esse link por email,
ataque ao pentágono, e na verdade não parece ser coisa de um loco qualquer.
escutando rage against the machine, public enemy, você começa a suspeitar de que o estado unidos da américa manipula boa parte das coisas que acontecem, tipo um matrix, só que com bem menos visão e controle.
sei lá, fico na dúvida, mais não duvido que o governo americano seja capaz disso.

tem até filmes sobre isso.
vale a pena destacar o inimigo do estado, que dá pra ter uma noção, se isso acontece mesmo, como eles tem toda essa noção das coisas.

valeu, e fiquem ligados, você pode estar sendo filmado

quinta-feira

destrua alguem

isso foi retirado do blog do marcelo tas , um dos ou o mais visitado blog da uol.

Para
Jorge Antonio Deher Rachid
Secretário da Receita Federal
Ministério da Fazenda
70048-900 Brasília DF
C.C. (lista anexa abaixo)
Rio de Janeiro, 07 de março de 2005.
Prezado Senhor,
Com sua cumplicidade, temos hoje, no Brasil, um dos mais poderosos
instrumentos de fraude impune! Talvez, uma das mais perfeitas técnicas
de causar muito mal a pessoas, e isso no mais total anonimato, como na mais total impunidade!
Vejamos, o que é sabido de todos: como causar danos - quem sabe
irreparáveis - à vida fiscal de pess oas, e, através disso, à vida social/pessoal destas pessoas. Os passos são listados a seguir, de maneira sistemática, para facilitar a compreensão de todos:
1.. Determine seu desafeto (pessoa a prejudicar). Eu não por favor
2.. Obtenha seu CPF (cheques recebidos, documentos em geral, pesquisa simples na Internet, ...)
3.. Carregue e instale o programa IRPF2005 - Declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física 2005 - do site da Receita Federal em www.receita.fazenda.gov.br. Isso pode ser feito em qualquer Cyber Café, por R$ 5,00 a hora!
4.. Usando esse programa - que não faz NENHUMA verificação de autenticidade - faça uma declaração falsa de Imposto de Renda, usando o CPF obtido. Nesse site da Receita Federal, é possível consultar a situação do CPF, e assim recuperar o nome correto. Invente qualquer ender eço: esse ano é ainda mais fácil.
5.. Para ter a maior probabilidade de complicar - para sempre! - a vida de seu desafeto, envie essa declaração pela Internet, anônima e impunemente, já nos primeiros dias para a receita. Assim, você impede que uma nova declaração seja feita após!
6.. Enviar uma declaração falsa, anônima, e impune, requer alguns poucos segundos: assim, pode-se fazer isso com várias, muitas pessoas. O roteiro acima pode ser feito de qualquer lugar anônimo, na mais total impunidade. E provoca danos fortes, quem sabe irreparáveis, à vítima.
Será que nenhum alto funcionário dessa bagunça chamada Administração Pública do Brasil pensou nisso? Quanta pobreza reina nesse mundo...
Esperando que as próximas vítimas sejam os responsáveis, Everardo de Almeida Maciel, e Jorge Antonio Deher Rachid, e todos os demais da lista que já deveriam ter feito alguma coisa, solicito que esse alerta seja publicado de modo a informar a sociedade brasileira do des caso dos poderes públicos quanto a tudo, em especial quanto à vulnerabilidade e à privacidade da vida fiscal do cidadão.
Obrigado,
Armando Leal
----------------------
Com Cópia enviada às seguintes potenciais vítimas ilustrativas, cujo CPF está disponível numa simples busca na Internet
698.397.277-53 - Secretário ANTHONY WILLIAM MATHEUS DE OLIVEIRA
000.755.905-49 - Senador ANTONIO CARLOS PEIXOTO DE MAGALHAES
120.055.093-53 - Ministro CIRO FERREIRA GOMES
133.267.246-91 - Ministro DILMA VANA ROUSSEFF
018.711.614-87 - Ex-Secretário EVERARDO DE ALMEIDA MACIEL
062.446.028-20 - Ex-Presidente FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
549.149 .068-72 - Governador GERALDO JOSE RODRIGUES ALCKMIN FILHO
223.762.830-00 - Governador GERMANO ANTONIO RIGOTTO
000.309.618-15 - Ministro GILBERTO PASSOS GIL MOREIRA
003.789.256-87 - Embaixador ITAMAR AUGUSTO CAUTIERO FRANCO
347.586.406-10 - Presidente da Petrobras JOSE EDUARDO DE BARROS DUTRA
935.659.688-34 - Prefeito JOSE SERRA
070.680.938-68 - Presidente LUIZ INACIO LULA DA SILVA
023.504.757-00 - Ex-Presidente da Eletrobras LUIZ PINGUELLI ROSA
699.158.908-00 - Ex-Prefeita MARTA TEREZA SUPLICY
147.576.050-72 - Presidente da RBS NELSON PACHECO SIROTSKY
027.934.827-49 - Diretor da Rede Globo ROBERTO IRINEU MARINHO
012.091.598-72 - Ministro ROBERTO RODRIGUES
003.212.908-44 - Presidente do Estadão RUY MESQUITA
023.511.558-40 - Ex-Assessor WALDOMIRO DINIZ DA SILVA
046.996.965-20 - Banqueiro ANGELO CALMON DE SA
008.377.188-30 - Presidente do Banco do Brasil CASSIO CASSEB LIMA
Atenciosamente,
Cláudio Andrade Rêgo
Perito Judicial em Informática

viu é fácil, vamos ver se alguem faz alguma coisa, de bem ou mal, sei lá...

valeu

terça-feira

homens de preto

esse filme significa muito pra mim, tanto que o primeiro, assisti quase todas as vezes que passou na globo. foi nesse filme que começou o meu interesse pelo rap, que acabou evoluindo pro hip hop, que me levou pra mais uma pancada de coisa. além de me mostrar a magia do cinema.
aquela música men in black, do will smith, foi um dos primeiros raps que eu escutei sabendo que era rap, nêgo pode até pensar, pô o will smith, mais eu acho o will mó loco e respeito pacas. falando nele, o cara lançou um novo disco chamado lost and found, não escutei e provavelmente nem vou, mas a resenha que eu li falava que esse disco se aproximava aos tempos de dj jazzy jeff e fresh prince.

frase

" o pallocci seria um bom presidente e o lula um bom ministro das comunicações " de arnaldo jabor, ontem no roda viva, programa que passa toda segunda na cultura e na tve brasil, sobre a possibilidade de o governo do lula não passar da performance do palocci.

inspiração

não dependam da inspiração para criar alguma coisa, o processo de criação deve ser outro. você deve pesquisar sobre o assunto, meditar sobre ele, que logo chegue a idéia, e depois ela seja transmitida para o papel. isso, depois de um tempo, isso se torna um processo automático, e pode ser realizado a qualquer hora, sempre que precisar.
se for pra depender da inspiração, é capaz de ela não vir, aí vish...
os dois podem ser bem parecidos, mas a diferença é bem clara no resultado. o da inspiração só vai ser bom quando o cara tiver inspirado, eo criativo vai ter um resultado bom todas as vezes.

valeu

sexta-feira

quannum project

quannum é um dos selos mais locos que existe em termo de rap. na atualidade não tem nada parecido, além de ser bem loco e com uma identidade cabrera. o selo nasceu em 1992 com o nome de solesides. foi fundado por latyrx (lateef the true speeker e, lyrics born), blackalicius e dj shadow, fazem uma crew onde tudo o que sai dali é diferente e criativo.
atualmente ainda conta com livesavas, joyo e poets of rhythm, que é uma banda de funk instrumental, que engana qualquer um que é puramente dos anos 70 com toda a sua psicodelia. e ainda eles contam com projetos solos do gift of gab, lyrics born, um mc de primeira e diferente pacas, e o maroons que é o chief xcel e o lateef the true speeker.
pra quem não conhece vale a pena visitar o site www.quannum.com , que além da biografia de cada grupo tem varios sons disponiveis para ouvir, e no www.solesides.com tem alguns mp3 disponíveis para download.

valeu

quinta-feira

explicando os dois últimos posts

pra quem não percebeu foram os dois manifestos do manguebit. o primeiro é de 92, eu acho, o segundo de 97. o manguebit é responsável pelo revival cultural de recife e reformular a música popular brasileira. essa mistura que existe hoje. a drum n' bossa é um exemplo.
o manguebit foi responsável pelo mundolivre sa e nação zumbi, e fortalecimento de bandas como planet hemp e devotos, figuras fortes do rock n' roll brasileiro. além de coisas, depois de um tempo, como o instituto, otto, lenine,etc.
além de reviver o maracatu, o baião e o forró. e mostrar que não existe limite na música, tudo é aceito e tudo pode fazer parte desse caldeirão.
e isso só podia acontecer no brasil!
então

valeu

segundo manifesto

Quanto vale uma vida

Longa vida ao Groove

Os alquimistas estão chorando. A indignação ruidosa de Lúcio Maia com a ferocidade carniceira da imprensa nos faz lembrar que nem tudo tem que ser movido a cinismo e oportunismo no - cada vez mais - cínico e vulgar circuito pop.
Antes de mais nada, salve Lúcio, Jorge, Dengue, Gilmar, Toca, Gira e Pupilo. Salve Paulo André e longa vida ao Nação Zumbi, com seu groove imbatível, mix epidêmico e urgente de química e magia que cedo ou tarde vai varrer o mundo!

A primeira vez que vimos Chico juntando a Loustal com o Lamento Negro (o embrião do que seria a Nação Zumbi, ainda no início de 91), comentamos arrepiados, eu e Renato L. : "não importa que estejamos no fim do mundo e sem dinheiro no bolso; não tem errada, não há nada no mundo que possa deter esse som!"
Na nossa ficha, constava a produção de vários programas de Rock na cidade, onde nos esforçávamos para mostrar sons novos e interessantes de todos os cantos do mundo. E não havia dúvida de que naquele momento estávamos diante de algo absurdamente novo e irresistível. Começamos imediatamente a viajar num conceito capaz de colocar o Recife no mapa.
E quanto aos tambores e à bateria, nem é preciso comentar. Não se via, no rock and roll, uma engrenagem tão potente e envenenada desde a morte de John Bonham.
Quando toda a crítica brasileira caiu de quatro sob o impacto avassalador do "Da Lama ao Caos", houve no Recife quem apostasse que Chico despontaria em carreira solo já no segundo disco. Argumentavam que, por um lado Chico tinha luz própria de sobra e por outro a fórmula do Nação Zumbi não renderia mais nada interessante, pois já teria se esgotado. Eu e Renato torcemos para que acontecesse o contrário, para que Chico não se rendesse à vaidade pessoal e injetasse todo gás possível no fortalecimento da banda.

A maioria das pessoas desconhece alguns fatos. Quando eu conheci Francisco França, ele era o lado mais extrovertido da mais nova dupla do barulho da cidade. Chico e Jorge eram inseparáveis como unha e carne, egressos da "Legião Hip Hop", que reunia no final dos anos 80, alguns dos melhores dançarinos e djs que o Recife já conheceu ( alguém aí já viu Jorge Du Peixe dançando "street"? A galera que hoje em dia ensina funk nas academias de dança não daria nem pro caldo...).
Jorge sempre foi um pouco mais tímido, mas não menos engraçado, e os dois se completavam em termos de gosto, idéias, visão e criatividade.
Chico sempre teve mais iniciativa e era, como todos sabemos, um letrista formidável. Mas alguém aí se lembra quem é o autor da letra do clássico "Maracatu de Tiro Certeiro"? Isso mesmo, Jorge Du Peixe...
Quanto a Lúcio Maia, qualquer um que acompanhe a Guitar Player, sabe que é cada vez maior o número de pessoas que o consideram um dos mais talentosos e ecléticos guitarristas brasileiros, uma verdadeira revelação dos últimos tempos.
Dengue, então, é aquele baixista contido, discreto, mas super-eficiente. Desde os tempos do Loustal, ele sempre conseguiu encaixar a levada perfeita para o estilo fragmentado dos versos de Chico.
O resultado foi o brilhante "Afrociberdelia", um trabalho coletivo - com Lúcio mais ativo do que nunca do que nunca na produção.
Portanto, se existe uma banda que tem total autoridade e potencial para ocupar condignamente o lugar que o inesquecível Chico Science deixou vago no topo, essa banda é sem dúvida a Nação Zumbi. Por sinal, o próprio Chico nem cogitava em dar por esgotado o formato da banda, tanto que já planejava entrar com os brothers no estúdio ainda este ano para gravar o terceiro disco.

Longa vida ao groove !!!

Buscando respostas

"Something is happening here, but you don´t know what it is. Do you, Mr Jones?" Essa frase de Bob Dylan me vem à mente sempre que eu penso no tom de alguns comentários publicados nos maiores jornais do país a respeito da morte de Chico. Talvez com intenção de pintar o fato com as cores mais chocantes, expurgando, assim, a dor e a revolta da perda, as matérias acabavam invariavelmente emitindo um tom derrotista ou até desolador.
Se o caso é especular sobre o que pode acontecer daqui em diante, o mais oportuno seria tentar identificar na história do Pop, fatos ou situações semelhantes que possam servir de exemplos.

Em se tratando de movimentos de cultura Pop; gerados em focos isolados; situados na periferia do mercado; e com reconhecimento mundial, os fenômenos mais correlatos ao Mangue Beat que se tem notícia - ainda que os estágios de desenvolvimentos sejam distintos - são a Jamaica pós-Bob Marley e Salvador pós-Tropicalismo.

Sobre Salvador, minha experiência como mangueboy me diz que o Tropicalismo não surgiu lá por acaso. Nada no mundo poderia ter impedido o caldo cultural da cidade de gerar posteriormente ( e na sequencia ) os Novos Baianos, A Cor do Som, os trios elétricos, a Axé Music, o Samba - Reggae, a Timbalada, etc.
Também não foi por milagre que a Jamaica se tornou berço do Calipso, do Ska, do Reggae, do Dub, do Raggamuffin e de todas as variantes do Dancehall que hoje, quase 20 anos depois da morte de Marley, contaminam as paradas de sucesso de todo o mundo.
Esses dois fenômenos foram condicionados por combinações específicas de fatores geográficos, econômicos, políticos, sociológicos, antropológicos, enfim, culturais, cuja história eu não seria capaz de analisar. Mas em se tratando de focos isolados que a partir de um determinado estímulo geram uma reação em cadeia capaz de contaminar toda a história futura de uma comunidade, meu depoimento talvez possa ser útil.

Uma visita muito especial

Lembro-me muito bem do nervosismo que tomou conta da cidade quando, em 93 (logo após o primeiro Abril Pro Rock), a diretoria da Sony anunciou que mandaria um representante ao Recife para contratar Chico Science...Fun! Fun! Zoeira Total! Diversão a qualquer custo, e a mais barulhenta possível! Esse havia sido o nosso lema quando, dois anos antes, sentindo o descompasso - o fundo do poço, o infarto iminente - , resolvêramos tentar de tudo para detonar adrenalina no coração deprimido da cidade.

Depois de vários shows e eventos muito bem sucedidos, e do manifesto "Caranguejos com Cérebro" ( que transformou, de uma hora para outra centenas de arruaceiros inocentes em "mangueboys" militantes ), parecia que a cidade realmente começava a despertar do coma profundo em que esteve mergulhada desde o início da guerra dos 80.
Parêntese: não é exagero. Segundo os levantamentos mensais do DIEESE, Recife conseguiu manter sem muito esforço a impressionante e isolada posição de campeã nacional do desemprego e da inflação por nada menos que dez anos seguidos!!!
Imaginem o efeito devastador que uma situação como essa pode provocar na alma de uma comunidade com mais de 400 anos de história e que só neste século havia gerado nomes da dimensão de Manuel Bandeira, Gilberto Freyre, Josué de Castro e João Cabral de Melo Neto. Para nós, que mal havíamos saído da adolescência só restavam duas saídas: tentar uma bolsa na Europa ou ganhar as ruas...
Então, a chegada da Sony representava uma espécie de prêmio coletivo. O significado simbólico era que finalmente podia estar se abrindo um canal de comunicação direta com o mercado mundial, como os caranguejos do asfalto haviam almejado em seu primeiro manifesto.

Para todos os agentes e operadores culturais que viam seu talento e potencial atrofiados pela desmotivação, era o estímulo concreto que faltava. Afinal, queiram ou não, discos pop lançados por multinacionais movimentam várias áreas de expressão ao mesmo tempo: moda, fotografia, design, produção gráfica, vídeos, relações públicas, assessoria, imprensa, marketing, música,etc.
Daí em diante, pode-se dizer que teve início um efetivo "renascimento" recifense. Todo mundo gritou mãos à obra! e partiu para o ataque.

As ruas viraram passarelas de estilistas independentes; bandas pipocaram em cada esquina; palcos foram improvisados em todos os bares; fitas demo e clipes novos eram lançados toda semana, e assim por diante, gerando uma verdadeira cooperativa multimídia autônoma e explosiva, que não parava de crescer e mobilizar toda a cidade. De headbangers a mauricinhos, de punks a líderes comunitários, de surfistas a professores acadêmicos, ninguém ficou de fora. Para se ter uma idéia, a frase " computadores fazem arte, artistas fazem dinheiro" ( Mundo Livre SA ) virou tema de redação de vestibular de uma faculdade local.

Manguetown, 5 anos depois

O renascimento segue de vento em popa. A noite mais concorrida do último Abril Pro Rock foi a que reuniu três bandas locais. Mais de cinco mil pessoas pagaram ingresso e enfrentaram uma chuva intensa para aplaudir e cantar junto com Mundo Livre SA, Mestre Ambrósio e Chico Science e Nação Zumbi. O festival "Viva a Música", realizado em setembro passado, reuniu mais de 50 novas bandas. O disco de estréia da campeã, Dona Margarida Pereira e os Fulanos, está em fase de gravação. O programa Mangue Beat (Caetés FM 99.1) ocupa há 2 anos os primeiros lugares de audiência, tocando fitas demo e lançamentos locais, além de novidades de todos os cantos do planeta. O "Manguetronic", um programa de rádio idealizado especialmente para a Internet, vem se firmando como um dos sites mais acessados do Universo on Line.

Os últimos cds do Chico Science e Nação Zumbi e do Mundo Livre SA e a estréia do Mestre Ambrósio figuraram na lista dos dez melhores do ano da revista Showbizz. Estão em fase de finalização os aguardados albuns de estréia das bandas Eddie e Devotos do Ódio. O Abril pro Rock 97 entrou pela primeira vez no calendário de eventos oficiais do Estado, ganhando assim uma ampla divulgação nacional e uma infra-estrutura mais organizada. A estréia em longa-metragem dos cineastas pernambucanos Lírio Ferreira e Paulo Caldas - o filme "O Baile Perfumado", cuja trilha é assinada por Chico Science, Siba (do Mestre Ambrósio) e Zero Quatro - ganhou vários prêmios, entre eles o de melhor filme, no último Festival de Cinema de Brasília. O estilista Eduardo Ferreira já recebeu vários prêmios nas últimas edições do Phytoervas Fashion. O Mundo Livre S.A. acaba de fazer 4 shows e um clipe no México, devendo participar de vários festivais europeus no segundo semetre...

(Pausa para respirar)

Temos como objetivo imediato pressionar a Prefeitura do Recife para tirar do papel e colocar no ar a rádio Frei Caneca FM, uma emissora sem fins lucrativos cujo orçamento para 97, ao que parece, já foi aprovado pela C’mara Municipal. Afinal, o único e mais difícil obstáculo que ainda não superamos foi o das rádios comerciais. Sabemos que na Jamaica e em Salvador foi preciso o uso até de ações violentas para pressionar os disc - jóckeis. No estágio atual, não achamos que recursos sejam necessários. O Popspace não é invulnerável e a história está do nosso lado.
Quem acompanhou no Recife as últimas homenagens a Chico, sentiu a força de um compromisso coletivo. Hoje cada recifense tem no olhar um pouco de guerrilheiro da Frente Pop de Libertação.

E o recado que queremos enviar para o mundo não é muito diferente daquele que nos mandam as comunidades indígenas de Chiapas- que têm no subcomandante Marcos o seu porta-voz. VIVA SANDINO! VIVA ZAPATA! VIVA ZUMBI! A utopia continua...

"- Quanto vale a vida de um homem, em quanto cada um avalia a sua própria vida, a troco de quê está disposto a mudá - la? Nós avaliamos muito alto o preço de nossas vidas. Valem um mundo melhor, nada menos. Homens e mulheres, dispostos a dar suas vidas, têm direito a pedir tanto quanto valem. Há os que avaliam suas vidas por uma quantidade de dinheiro, mas nós a avaliamos pelo mundo, esse é o custo do nosso sangue..."
(Subcomandante Marcos)
Ass: Zero Quatro, com a colaboração de Renato L.

retirado do site www.geocities.com/SunsetStrip/Mezzanine/3620/mangue.html

primeiro manifesto

eu vou postar os dois manifestos e depois eu explico o que é isso, pra quem não sabe.

Caranguejos com Cérebro

Mangue - O conceito

Estuário. Parte terminal de um rio ou lagoa. Porção de rio com água salobra. Em suas margens se encontram os manguezais, comunidades de plantas tropicais ou subtropicais inundadas pelos movimentos dos mares. Pela troca de matéria orgânica entre a água doce e a água salgada, os mangues estão entre os ecossistemas mais produtivos do mundo.
Estima-se que duas mil espécies de microorganismos e animais vertebrados e invertebrados estejam associados à vegetação do mangue. Os estuários fornecem áreas de desova e criação para dois terços da produção anual de pescados do mundo inteiro.
Pelo menos oitenta espécies comercialmente importantes dependem dos alagadiços costeiros.
Não é por acaso que os mangues são considerados um elo básico da cadeia alimentar marinha. Apesar das muriçocas, mosquitos e mutucas, inimigos das donas-de-casa, para os cientistas os mangues são tidos como os símbolos de fertilidade, diversidade e riqueza

Manguetown - A cidade

A planície costeira onde a cidade do Recife foi fundada, é cortada por seis rios. Após a expulsão dos holandeses, no século XVII, a (ex) cidade "maurícia" passou a crescer desordenadamente as custas do aterramento indiscriminado e da destruição dos seus manguezais.

Em contrapartida, o desvairio irresistível de uma cínica noção de "progresso", que elevou a cidade ao posto de "metrópole" do Nordeste, não tardou a revelar sua fragilidade.
Bastaram pequenas mudanças nos "ventos" da história para que os primeiros sinais de esclerose econômica se manifestassem no início dos anos 60. Nos últimos trinta anos a síndrome da estagnação, aliada à permanência do mito da "metrópole", só tem levado ao agravamento acelerado do quadro de miséria e caos urbano.
O Recife detém hoje o maior índice de desemprego do país. Mais da metade dos seus habitantes moram em favelas e alagados. Segundo um instituto de estudos populacionais de Washington, é hoje a quarta pior cidade do mundo para se viver.
Mangue - A cena

Emergência! Um choque rápido, ou o Recife morre de infarto! Não é preciso ser médico pra saber que a maneira mais simples de parar o coração de um sujeito é obstruir as suas veias. O modo mais rápido também, de infartar e esvaziar a alma de uma cidade como o Recife é matar os seus rios e aterrar os seus estuários. O que fazer para não afundar na depressão crônica que paraliza os cidadãos? Como devolver o ânimo deslobotomizar e recarregar as baterias da cidade? Simples! Basta injetar um pouco da energia na lama e estimular o que ainda resta de fertilidade nas veias do Recife.
Em meados de 91 começou a ser gerado e articulado em vários pontos da cidade um núcleo de pesquisa e produção de idéias pop. O objetivo é engendrar um "circuito energético", capaz de conectar as boas vibrações dos mangues com a rede mundial de circulação de conceitos pop. Imagem símbolo, uma antena parabólica enfiada na lama.
Os mangueboys e manguegirls são indivíduos interessados em: quadrinhos, tv interativa, anti-psiquiatra, Bezerra da Silva, Hip Hop, midiotia, artismo, música de rua, John Coltrane, acaso, sexo não-virtual, conflitos étnicos e todos os avanços da química aplicada no terreno da alteração e expansão da consciência.

retirado do site www.geocities.com/SunsetStrip/Mezzanine/3620/mangue.html

agora começa

como ultimamente eu não ando escrevendo muito eu vou começar a colocar textos de outras pessoas mandando idéias que eu concordo na maioria das vezes.

A última viagem do Papa: Culto bizarro ao corpo
Trecho do artigo de Guilherme Fiúza no site nominimo:
"Ajeita o pé do papa que tombou de novo! A cabeça tá balançando, não inclina! Fecha a boca do Papa!
João Paulo II, o Sumo Pontífice, passou os últimos dez anos de sua vida atraindo a atenção do mundo por causa dos males de seu corpo, muito mais do que pela grandeza de seu espírito. Achou que seria didático viver sua longa via-crúcis em público, uma aula de sofrimento físico, quando na verdade o que resultou foi, para muitos, um miserável espetáculo de desumanidade. O clímax deste estranho materialismo espiritual é a veneração ao corpo morto do papa, carregado para lá e para cá no meio da multidão como um Quincas Berro D´Água.
Tamanha fixação cadavérica só tem paralelo entre os antigos egípcios, em sua sacralização dos corpos dos faraós. O que fazia todo o sentido, pela convicção de que a morte era apenas um descanso antes da próxima vida – a ser vivida com aquele mesmo corpo. Mas isso foi há cinco mil anos. No século 21 Depois de Cristo, do alto das múltiplas camadas de conhecimento e cultura que sedimentam a vida moderna, uma tal exaltação ao corpo morto – e note-se que não era um general ou um líder político, mas um sacerdote do próprio Deus – só pode denotar alguma pane séria no ideal de religião.
Se os fiéis que entopem os funerais do papa declaram sentir-se, diante de sua figura mumificada, como se estivessem na presença de Deus, é preciso parar tudo e mandar todo mundo de volta à primeira comunhão. Lição número um: Deus é espírito. E os sacerdotes recebem este mandato dos homens por sua elevação espiritual, ou seja, sua suposta capacidade de transcender as razões da matéria e tocar a divindade – onde está, para os religiosos, todo o sentido da existência humana.
O desfile do papa morto pode até fazer algum sentido para os ateus e os materialistas. Desmistificação da santidade, curiosidade mórbida, essas coisas. Mas o mortal que tem alguma presunção de espiritualidade na carcaça deveria tratar de apontar sua emoção para outro lado. Deus não está ali, nem João Paulo, nem Karol Wojtila. Não há mais ninguém em casa. Trata-se apenas de matéria inanimada, a mesma desprezada pelo catolicismo quando censura os impulsos carnais, mas agora paradoxalmente transformada em souvenir religioso. Uma versão bizarra do culto ao corpo."

retirado do site noblat.blig.ig.com.br
Links

Powered by Blogger